sábado, 28 de maio de 2016

PT 11ª ZONAL DO DF: BOLETIM ELETRÔNICO N 03 DA SEGUNDA QUINZENA DE MAIO DE 2016

BOLETIM ELETRÔNICO
(Cruzeiro, Sudoeste, Octogonal e Setor Militar Urbano)
MAIO DE 2016 – NÚMERO 003- SECRETARIA DE COMUNICAÇÃO
Companheiro, Companheira!

LEIA A AGENDA PARA OS PRÓXIMOS DIAS:
  • 28/05/2016 10 HORAS, JORNADA CULTURA: CONTRA O GOLPE, EM DEFESA DA ARTE, AMIGA DA DEMOCRACIA-CEILÂNDIA DF (PROGRAMAÇÃO DE JUNHO AQUI TEM +)
  • 29/05/2016. saindo do Museu da República com final na estátua da justiça. * A PARTIR DAS 10 HORAS*LUTA CONTRA O ESTUPRO: CAMINHA COM FLORES, NA CAMPANHA CONTRA A CULTURA DO ESTUPRO (evento FACEBOOK AQUI)
  • 29/05/2016. 15h+ Ato contra a extinção do Ministério da Mulher, da Igualdade Racial, dos Direitos Humanos e da Juventude, defronte ao Ministério da justiça (VIDE+)
  • 30/05/2016 * NA UNB* LANÇAMENTO DO LIVRO “RESISTÊNCIA AO GOLPE DE 2016* COM A PRESENÇA DA PRESIDENTA DILMA ROUSSEFF (CLIQUEeLEIA+)

  • 05 DE JUNHO – Votação do PLS 257/2016 que retira direitos do funcionalismo público federal, estadual e municipal. (HOJE PETIÇÃO PÚBLICA *CLIQUEeASSINE)
  • 10 DE JUNHO - Grande ATO PELO #FORATEMER.
Mais detalhes na RESOLUÇÃO DA FRENTE BRASIL POPULAR do dia 6 de maio de 2016. +> O COLETIVO NACIONAL DA FRENTE BRASIL POPULAR baixou uma resolução que orienta a miitância, programa atividades e coordena seus diversos integrantes. CLIQUE E LEIA+

ESTUDANTES
UNE – apresenta em seu site uma matéria digna de leitura: “Especialistas observam retrocessos graves em plano educacional de Temer”, por Vinicius Mendes. (AQUI). E a entidade ainda emitu nota contra o impeachment “O Brasil não anoitecerá” (AQUI) e manifestou sobre a suspensão de programas educacionais pelo desgoverno golpista (AQUI).
SECUNDARISTA SP. Vitória dos estudantes paulistas contra Alckmin: CPI DA MERENDA É ABERTA, corrupção da merenda no Estado de SP , agentes do PSDB envolvidos, Governo negava transparência nas investigações e a abrir a CPI, denuncia, pressão e cobrança teve sucesso. (VIDE+)
EDUCAÇÃO
CNTE denuncia “TEMER PROMOVE DESMONTE DA EDUCAÇÃO” são cortes, desvinculação, etc. (vide NOTA).
SINPRO DF SOB NOVA DIREÇÃO * Professorado elegeu chapa cutista com 58,8% dos votos. (AQUI+).
RURAIS
  • CONTAG DENUNCIA “QUEM ESTÁ NO PODER NÃO ENXERGA O SEMI-ÁRIDO” (AQUI+) E “REAFIRMA SUA POSIÇÃO CONTRA A REFORMA DA PREVIDÊNCIA SOCIAL E A EXTINÇÃO DO MINISTÉRIO DA PREVIDÊNCIA “ (AQUI+).
  • FRETAF BRASIL. Aprovou em seu IV CONGRESSO a criação da CONFEDERAÇÃO DA AGRICULTURA FAMILIAR DO BRASIL e elegeu sua primeira direção (AQUI+). E promoveu ATO CONTRA O GOLPE (AQUI+).
  • MILITANTES PROMOVEM ABRAÇAÇO NO MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO. (VIDEO+AQUI).
SAÚDE. Movimentos Sociais e estudantis manifestam contra o golpe na saúde (VIDE+).

NOTICIAS
INCOERENTES OU LUDIBRIADORES DE TROUXINHAS – Os membros do MBL – Movimento Brasil Livre para conseguirem adesão diziam apartidários, mas eram financiados pelos partidos conservadores golpistas, como DEM, PSDB, SD e outras legendas de direita (AQUI+) e tinham pessoas filiadas em partidos, inclusive um dos seus líderes será candidatao a prefeito de Vinhedo (AQUI+) e o movimento “apartidário” está lançando candidatos, não como pretendia.
CULTURA
FUNARTE OCUPADA. As ocupações da FUNARTE e áreas do Ministério da Cultura ocorreram em todo país que forçaram o desgoverno golpista de Temer traidor a recriar o Ministério da Cultura, que em retrocesso havia sido extinto. Ocupações continuam. Em alguns locais, há desconfiança dos atuais ocupantes da Esplanada e Planalto, em outros a certeza de que nada de bom pode se esperar deles.


GRAVAÇÕES ESCLARECEDORAS: Deputado Paulo Pimenta, vice-Lidér do PT na Câmara. Analisa que as gravações de Jucá esclarecem o que é golpe. PAULO PIMENTA: NADA DE CORRUPÇÃO OU MELHORIA DA CORRUPÇÃO (VIDEAQUI). 

sexta-feira, 27 de maio de 2016

Temer, golpismo de restauração neoliberal

Por BRUNO ELIAS, do Diretório Nacional
A MOBILIZAÇÃO CONTRA O GOLPE E A RETIRADA DE DIREITO DEVE SER CAPAZ DE EXPLICAR E DENUNCIAR ESSAS MEDIDAS PARA SETORES AMPLOS DA CLASSE TRABALHADORA.


As medidas anunciadas pelo governo ilegítimo de Temer explicam porque a situação política do Brasil é de um golpe não só contra a democracia, mas também contra os direitos sociais, as liberdades e o bem estar da população. 

Temer não ataca só as conquistas dos últimos 13 anos, ao desmontar políticas sociais e ministérios voltados para a garantia de direitos, como cultura, mulheres, igualdade racial, juventude, direitos humanos, desenvolvimento agrário, moradia popular, comunicação pública, ciência e tecnologia, controladoria geral da União, entre outras.

A sanha golpista avança ademais contra as conquistas sociais da Constituição de 1988 e também contra direitos trabalhistas e empresas públicas criados na primeira metade do século 20. 

Por meio do PPI (Programa de Parceria dos Investimentos), criado pela Medida Provisória 727, é retomado oficialmente o Programa Nacional de Desestatização que engendrou a privataria tucana na década de 1990. A palavra de ordem “privatizar o que for possível” ditará o ritmo da entrega das nossas riquezas e de áreas estratégicas do Estado brasileiro. O fim do Fundo Soberano e a abertura da exploração do pré-sal às multinacionais do petróleo são prévias de um processo mais amplo de privatizações, “parcerias” e concessões ao capital nacional e internacional.

O sequestro do fundo público também está sendo acionado por um outro conjunto de medidas estruturais contra os direitos dos trabalhadores e a seguridade social. 

Temer e a equipe econômica do golpe prometem enviar proposta de emenda constitucional que limitará os gastos sociais, desvinculando os investimentos obrigatórios com o SUS, a educação e políticas sociais que afetam milhões de brasileiras e brasileiros.

O Ministério da Fazenda, por sua vez, canibalizou a Previdência Social com o claro propósito de realizar uma reforma que retire direitos dos aposentados e trabalhadores, como a instituição da idade minima e a desvinculação dos beneficios previdenciários em relação ao salário mínimo. 

No campo do trabalho, retomam a agenda regressiva de flexibilização dos direitos trabalhistas, terceirização, extinção da política de valorização do salário mínimo e prevalência das negociações coletivas sobre os direitos legislados.

A mobilização contra o golpe e a retirada de direitos deve ser capaz de explicar e denunciar essas medidas para setores amplos da classe trabalhadora e do nosso povo. A desconstrução do governo ilegítimo nas ruas e no debate público contra essas medidas de restauração neoliberal são passos fundamentais para derrotar o golpe e retomar o mandato constitucional da presidenta eleita Dilma Rousseff.

Bruno Elias é secretário nacional de movimentos populares do PT  

quinta-feira, 26 de maio de 2016

PRESIDENTA DILMA ROUSSEFF, DIA 30 DE MAIO, 18 HORAS, no lançamento na UnB de livro sobre golpe de 2016

No dia 30 de maio, segunda-feira da próxima semana, será lançado o livro “A Resistência ao Golpe de 2016″, que reúne em cerca de 450 páginas textos sobre o processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff. A atividade está agendada para as 18h, na Praça Chico Mendes, na UnB. Além de autores da obra, a presidenta confirmou presença no evento. Haverá mesa de autógrafo.
“A Resistência ao Golpe de 2016″ é uma obra coletiva com materiais de advogados, professores, políticos, jornalistas, cientistas políticos, artistas, escritores, arquitetos, líderes de movimentos sociais do Brasil e de outros países. Entre os nomes dos autores estão o de Guilherme Boulos, coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, o do teólogo e escritor Leonardo Boff e do sociólogo português Boaventura de Sousa Santos. Os textos foram publicados em diversos veículos de comunicação e organizados por Carol Proner, Gisele Cittadino, Marcio Tenenbaum e Wilson Ramos Filho. Além de Brasília, o livro será lançado em outras 18 cidades do país.
“Os autores dos artigos fizeram um trabalho pensando em demonstrar os detalhes técnicos e políticos do processo de impeachment, com uma linguagem comunicacional mais jornalística. Evitou-se discurso mais fechado para propiciar compreensão de forma mais ampla, para que os artigos cheguem aos destinatários, que são os políticos que vão julgar o caso, mas também a população em geral”, explica a professora da Faculdade de Direito da Universidade de Brasília (UnB), Beatriz Vargas Ramos, uma das autoras do livro.
Segundo ela, em todos os textos, os autores convergem na afirmação de que o processo de impeachment contra a presidenta Dilma não é resultado “do que se pode chamar de violação da Lei Orçamentária ou da Constituição Federal” e que, por isso, “o processo não poderia prosperar”. .
“Esse livro, que tem materiais de várias pessoas da UnB, mostra que a universidade não perdeu seu caráter de luta e de resistência. Além disso, o material também desmascara o golpe parlamentar, apoiado pelo Judiciário, pela mídia, pela polícia. ‘A Resistência ao Golpe de 2016’ é uma preciosidade que deve ser lida por todos e todas; é a prova de que o que está acontecendo no país é um golpe à nossa democracia”, avalia Mauro Mendes, coordenador geral do Sintfub, sindicato que representa os servidores técnico-administrativos e terceirizados da UnB.
Serviço
Lançamento do livro “A Resistência ao Golpe de 2016″
Data: 30 de maio, segunda-feira
Local: Praça Chico Mendes, UnB
Horário: 18h
(Matéria do SITE DA CUT/BRASÍLIA)




PETIÇÃO PÚBLICA CONTRA O PLS 257 DE 2016 CONTRA DIREITOS DOS SERVIDORES FEDERAIS, ESTADUAIS E MUNICIPAIS

*PARA TODOS FUNCIONÁRIOS E SERVIDORES PÚBLICOS do país, e QUEM AINDA SONHA COM CONCURSOS PÚBLICOS* 
Não à *PLS 257/2016*.
Leia e repasse para *todos* seus conhecidos que também são servidores públicos. *É grave e urgente !*

Vote no site contra essa aberração:

Terá votacão direta dia 05/06,  por pressão dos  governadores do PSDB não haverá comissão para estudo da mesma.

_Se for aprovada, *todo* o FUNCIONALISMO ESTADUAL, FEDERAL E MUNICIPAL estará seriamente prejudicado._

De autoria do PRESIDENTE INTERINO MICHEL TEMER em pareceria com os Governos Estaduais, estabelece regras impositivas como condição para que a União possa renegociar as dívidas dos Estados.
Ocorre que o governo federal incluiu nesse projeto a obrigação do Estado de *_cortar, durante 2 anos, vários direitos dos servidores e dos militares,_* dentre eles:
1) aumenta a contribuição previdenciária de 11 para *14* por cento;
2) proíbe aumento de salário (inclusive de aposentados)
3) *proíbe progressão* na carreira;
4) *proíbe concurso público e de chamar os já aprovados.*
5) incentivo a *demissão* voluntária.
6) limita os direitos dos servidores estaduais a, no máximo, o que tem o servidor federal no Regime Jurídico Único;
7) *acaba com os quinquênios* e anuênios;
8) acaba com licença prêmio; 
9) proíbe receber em dinheiro as férias e as licenças não gozadas.
10) contratação só de terceirizados, etc, etc.
Esse projeto coloca na conta do servidor a corrupção e os desmandos dos governos.
As consequências para a sociedade, como um todo, tb serão catastróficas.

Leia o projeto de lei na íntegra:
http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra;jsessionid=FDC97F18C31EEE02179757A1EAAF8A4F.proposicoesWeb1?codteor=1445370&filename=PLP+257/2016

Estou enviando um link para o abaixo assinado e vamos divulgar !  *Assinem e Divulguem !!*


Gente essa petição é do interesse de todos nós! Vamos assinar e compartilhar!!! 👆👆👆
*DIVULGEM EM ESTADO DE EMERGÊNCIA*. TEMOS QUE FAZER UMA LUTA DE RESISTÊNCIA CONTRA ESSA PROPOSTA IMORAL. SE PASSAR NÓS É QUE TEREMOS TODO O PREJUÍZO 

Circular 22_2016 do COLETIVO NACIONAL DA FRENTE BRASIL POPULAR _Fora Temer: Orientações para o próximo período

São Paulo, 22 de Maio de 2016

Estimados  Companheiros/as

O Coletivo Nacional da Frente Brasil Popular, reunido como mais de 100 participantes no dia 21 de Maio de 2016, na Escola Pio XI em São Paulo, após a realização de uma análise de conjuntura com a presença do ex-presidente Lula, deliberou os seguintes encaminhamentos, que esperamos todos/as encaminhem aos seus coletivos estaduais, instancias de movimentos e militância em geral, para que participem ativamente desse processo:

*I- Linhas políticas para o próximo período:
1-      Manter a unidade da Frente Brasil Popular em torno da palavra de ordem: “Não ao Golpe, Fora Temer”.
2-      Seguir denunciando os golpistas, em especial a Rede Globo, por sua atuação destacada na construção do Golpe.
3-      Permanecer pressionando, de modo adequado, os senadores nas suas bases eleitorais para que votem contra o Impeachment. 
4-      Estimular e contribuir com todas as lutas e iniciativas espontâneas que estão efervescendo contra o Governo Temer. 
5-      Não reconhecer o Governo golpista, e denunciar todas as medidas que afrontem os Direitos conquistados pelo Povo brasileiro.

*II- Articulações institucionais:*

1-      Montar um coletivo politico com a participação da Frente Brasil Popular pra construir a agenda da Presidenta, conjuntamente com sua equipe.
2-      Debater nos coletivos estaduais da Frente a realização de atos político com Dilma. Os convites devem ser enviados para os seguintes e-mails: daisy@presidencia.gov.br; ptrenatosimoes@terra.com.br; secretaria@frentebrasilpopular.com.br
3-      A Secretaria Operativa deverá indicar nomes dos movimentos populares para que componham os 15 grupos temáticos criados para monitorar e denunciar as medidas do Governo Temer, em cada campo específico.
4-      Sugerir a Presidenta a elaboração de uma nova Carta ao Povo brasileiro, em que ela assuma os compromissos com um novo programa de Governo, a ser executado caso a democracia seja reestabelecida.

*III- Mobilizações de massas e atividades de agitação contra o GOLPE:*
1-    Estimular e participar de todas as mobilizações que estão sendo convocadas por diversos setores (jovens, mulheres, sem teto, etc.) em diversas cidades. 
2-  Contribuir na mobilização das Paradas LGBT, que ocorrerão no dia 29 de Maio, levando a bandeira “Não ao Golpe, Fora Temer!”.
3-      Realizar ações no dia 31 de Maio contra a Reforma da Previdência, convocadas pelo Conselho Nacional de Saúde.
4-      No dia 1º. de Junho, dia da apresentação da defesa da Dilma no Senado, realizar um ato em Brasília.
5-      *Nos dias 8 e 9 de Junho: Mobilização Nacional do Campo e da Cidade, em Luta em defesa da Previdência Social, da aposentadoria rural, das políticas de Moradia Popular  e pela retomada do MDA.*
6-      *Realizar atos massivos em todas as capitais na Jornada Nacional de paralisação e mobilização “Não ao Golpe, Fora Temer!”, no dia 10 de Junho. Esta data é um indicativo a ser dialogado com a Frente Povo Sem Medo, podendo ser antecipado para o dia 9 de Junho.*
7-      Promover no dia 12 de Junho, domingo, dia dos namorados, atividades de agitação com o mote: #AmorSimGolpeNão. 
8-      Realizar durante as festividades de São João atividades de agitação “Arraial contra o Golpe”, em especial na região nordeste. 
9-      Realizar atividades de agitação contra o Golpe e Temer em todas as cidades onde houver o percurso da tocha olímpica.
10-      Promover ações de agitação em torno da bandeira “Não ao Golpe, Fora Temer”, durante as Olimpíadas no Rio de Janeiro.  Recepcionar as comitivas de jogadores estrangeiros no aeroporto e denunciar o golpe.
11-   Realizar no Rio de Janeiro, na cena dos Jogos Olímpicos, a Vigília da Dignidade, iniciando no dia 1º. de Agosto.
12-   Iniciar o debate nas nossas bases e instancias, em especial com os sindicatos e movimentos populares sobre a construção de uma Greve Geral.
13-   Organizar um acampamento permanente em Brasília, a ser instalado um mês antes da votação do impeachment.

*IV- Atos Políticos:*
1-      Estimular a realização do maior número possível de atos politico-culturais reunindo intelectuais, juristas e artistas nas capitais, em especial em São Paulo e Rio de Janeiro.
2-      Realização de uma reunião de coalização de todas as várias forças e iniciativas contra o Golpe, no dia 30/05, às 14h no Sindicato dos Bancários no Rio de Janeiro, para construção de um calendário comum. Cada organização da Frente deverá indicar um representante para esta reunião.
3-      Organização de tribunais, a nível nacional (Curitiba) e Internacional, para julgar o GOLPE,  com a participação de juristas de renome internacional, a ser realizado em local e data a ser definido. A comissão organizadora deverá se reunir em Brasília para tomar estas definições.
4-      Entre os dias 26 à 29/05: Conferência da CONEN em Esmeralda-MG.
5-      Entre os dias 1 à 5/06: Encontro dos Movimentos Populares em Diálogo com Papa Francisco, em Mariana-MG.
6-      No dia 06/06: Ato nacional contra as Privatizações das estatais, às 14h na Fundição Progresso no Rio de Janeiro.
7-      Entre os dias 10 à 12/06: Encontro da UNEGRO, em São Luiz- MA.
8-      Entre os dias 10 a 12/06: Congresso da ANPG.
9-      Entre os dias 10 a 12/06: Encontro LGBT UNE  em São Paulo-SP.

*V- Plenárias Temáticas e Setoriais:*
 1-      Estimular a organização de Plenárias temáticas e setoriais da Frente Brasil Popular (Advogados, Educadores, Saúde, etc.) para denunciar as medidas do Governo Temer nestas áreas específicas, e fomentar a organização destes segmentos na Frente.   Estas plenárias são autoconvocadas, e podem se realizar a nível estadual ou nacional, de acordo com a capacidade de articulação de cada setor.
2-      Realização de uma Plenária Nacional dos Juristas, advogados.   Há uma comissão construindo a proposta, que possivelmente se realizara em junho ou julho, Brasília ou São Paulo. 

*VI- Manifestos:*
1-      Redigir uma Carta de denúncia publica contra o judiciário e de solidariedade sobre a condenação absurda a  José Dirceu.
2-      Redigir uma nota pública exigindo uma postura adequada à Constituição por parte do STF.
3-      Redigir uma nota de denúncia ao desmonte da EBC e da destituição ilegal pelo Governo Golpista, da presidência da EBC.
Esses manifestos serão enviados a cada entidade/movimento para que analise o conteúdo, agregue e decida se adere ou  não.

*VII- Organicidade da FRENTE BRASIL POPULAR:*
1- Realização do  I Encontro de Comunicação da Frente Brasil Popular a ser realizando entre os dias 18 e 19 junho em São Paulo, reunindo pelo menos dois comunicadores por estado, e um comunicador por movimento/entidade nacional (enviaremos  circular com detalhes de local e programação). 
2-  Seguir  estimulando a organização de Comitês Populares, núcleos, grupos de base, da FRENTE BRASIL POPULAR, no maior numero possível de municípios, bairros e setores sociais, como forma de incluir militância que quer atuar e não esta em outros espaços.   Cada comitê de base deve ter toda autonomia para tomar iniciativas politicas de ação nessa conjuntura.
3- Preparar a realização da II Conferencia Nacional da Frente, cuja metodologia e proposta de local e data, deverá ser elaborada pela Secretaria Operativa e apresentada na próxima reunião. Indicativo de data, entre Julho e Agosto /16, a depender de local, situação da conjuntura, etc.
Próxima reunião do Coletivo Nacional no dia 17/06, em São Paulo, no Colégio Pio XI, cada entidade movimento deve enviar até dois delegados/as.

*Não ao Golpe, Fora Temer!*

Saudações
Secretaria Operativa

JORNADA CULTURAL CONTRA O GOLPE: JUNHO DE 2016 INTENSA PROGRAMAÇÃO

A luta contra o golpe na periferia continua organizada no mês de junho. O centro cultural Cio das Artes, localizado em Ceilândia, já programou uma série de atividades políticas e culturais que têm por objetivo a conscientização e a mobilização da classe trabalhadora e dos movimentos sociais a favor da democracia. No próximo sábado (28) a partir das 10h, um novo ciclo de apresentações artísticas e debates terá início com o Encontro Cultural do Cio das Artes, que pautará a cultura no DF, suas perspectivas e as tarefas dos movimentos sociais no próximo período.
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“Enxergamos a cultura como um instrumento de luta classista, uma forma de integração e conscientização do povo. O nosso objetivo é frear esse ataque da burguesia à nossa democracia, tão recente e duramente conquistada com o sangue e o suor dos trabalhadores, que são justamente os que têm mais a perder com o golpe”, afirma o dirigente do Sindsep-DF e coordenador do Comitê em Defesa da Democracia em Ceilândia, Reginaldo Dias da Silva.

O militante também afirma que a primeira quinzena de governo interino já anunciou uma parte do que está por vir nos próximos meses. “Muito em breve se fará sentir os efeitos das medidas anunciadas, retrocessos na cultura, repressão aos movimentos e ataques aos programas sociais e às conquistas das minorias sem voz”, afirma Reginaldo Dias da Silva.
Confira as atividades já agendadas no Centro Cultural Cio das Artes:
1°/6, 20hRene Bonfim –  Forrozeiro baiano, radicado em Brasília desde os anos 70, o músico começou sua carreira profissional em 1980 e fundou o grupo “Paraibola” em 1991. Já participou de vários shows de artistas consagrados como, Sivuca, Pena Branca e Xavantinho, Xangai e outros.
2/6, 20hSarau da CM  – O Sarau é uma produção do Projeto Mover Mentes, com o intuito de reunir os quatro elementos da cultura Hip-Hop e também os simpatizantes do movimento, para que todos tenham a oportunidade de expressar os seus sentimentos, pensamentos e reflexões em forma de Poesia.
3/6, 20hCaco de Cuia – Banda formada em 2005 com o intuito de investir na cultura popular brasileira, vivenciando os ritmos, as danças, os folguedos, resgatando valores e ritmos da cultura nordestina, onde está fincada a verdadeira raiz dos componentes.
4/6, 20hLuizão do Forró–  Com 37 anos de carreira, o artista constituiu-se um ícone da cultura popular regional, levando o forró para todo o território nacional.
5/6, 16hMaria Sabina e Peia Dia–  Banda nova no cenário musical de Brasília, que mistura forró, samba com o rock’n roll, inspira-se em Raul Seixas, Novos Baianos e Alceu Valença.
5/6, 17hMamulengo Fuzuê – Vencedor do prêmio Funarte de teatro de rua e do microprojeto Rio São Francisco, o Mamulengo Fuzuê teve início em 2007, com o ator brincante, palhaço e bonequeiro Thiago Francisco, que também é pesquisador, com repertório de números tradicionais de esquetes, mágica e ventríloquo.
Além das atividades acima, o Cio das Artes tem programação fixa. Confira:
Escambo Cultural de sexta a domingo a partir das 18h: Entes e agentes culturais do Distrito Federal terão oportunidade de divulgar seus trabalhos. Serão comercializados ou trocados objetos artísticos, estampas, CDs e livros, principalmente dos artistas alternativos. O agendamento para participar do escambo cultural no mês de junho poderá ser feito até o dia 31 de maio, pelo e-mail: ciodasartes@yahoo.com.br.
Saral da quarta – Atividade cultural e de formação realizada na última quarta feira de cada mês, com a finalidade de celebrar a fundação da primeira Associação Internacional dos Trabalhadores (AIT) , por Karl Marx em 1864.
Rimas de Quinta – Todas as quintas-feiras a partir das 20h. É uma atividade semanal que tem por finalidade celebrar a poesia, a rima e o verso.
Fonte: CUT Brasília

quarta-feira, 18 de maio de 2016

Sônia Braga e equipe do filme "Aquarius" denunciam o golpe em Cannes, Fr...

RESOLUÇÃO DO PT NACIONAL SOBRE CONJUNTURA DO DIA 17 DE MAIO DE 2016



 O Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores, reunido no dia 17 de maio de 2016 em Brasília/DF, aprova a seguinte resolução política:

RESOLUÇÃO SOBRE CONJUNTURA


Diretorio-Nacional-do-PTO Diretório Nacional, ao apresentar para discussão o roteiro a seguir, convoca um Encontro Extraordinário do Partido dos Trabalhadores, sob o tema Os desafios partidários para o próximo período, a ser realizado em novembro, antecedido por uma reunião ampliada do Diretório Nacional, em julho, cujas normas serão definidas pela Comissão Executiva Nacional até o final de maio.


O país vive, desde o dia 12 de maio, uma nova situação política, com a recuperação da direção do Estado pelas velhas oligarquias da política, da mídia monopolizada e do grande capital. Através de um golpe parlamentar, que rompeu a ordem democrática e rasgou a Constituição, as classes dominantes impuseram o afastamento provisório da presidenta Dilma Rousseff, em processo de impeachment sem base legal, marcado pela fraude e a manipulação.


O impedimento da presidenta, longe de ser manobra circunstancial, mesmo cercado por improvisos e tropeços, representa o desfecho de uma ofensiva planificada, que culminou com a unificação de distintos centros de comando ao redor da conspiração golpista.


A maioria conservadora do Congresso Nacional fabricou pretexto casuístico para depor um governo legitimamente eleito pelo voto popular e estabelecer novo bloco de poder, destinado a conduzir um amplo programa de reorganização do desenvolvimento capitalista nacional.


A opção pelo golpismo, além do caráter historicamente antidemocrático das classes dominantes brasileiras, expressa o ritmo pretendido e a agenda que unifica o núcleo hegemônico das forças usurpadoras. Afinal, seria risco imenso submeter a eleições

1
livres e diretas um projeto calcado sobre arrocho de salários e aposentadorias; eliminação de direitos trabalhistas; corte de gastos com programas sociais; anulação das vinculações constitucionais em saúde e educação; privatização de empresas estatais e abdicação da soberania sobre o pré-sal; submissão do país aos interesses das grandes corporações financeiras internacionais.

O modelo econômico perseguido pelo grande capital implica substituir a expansão do mercado interno, como motor do crescimento, pela atração dos fluxos privados de investimento, locais e internacionais, conforme reza a antiga cartilha neoliberal e tal como explicita o programa dos golpistas “Uma Ponte para o Futuro”. Salários baixos, alta rentabilidade financeira com plenas garantias de solvência, desregulamentação do mercado de trabalho, privatizações e política externa subordinada aos centros imperialistas são os principais pilares dessa opção de classe.


Apesar dos equívocos e dificuldades em dar continuidade ao processo de mudanças iniciado em 2003, a administração da presidenta Dilma Rousseff era obstáculo a ser removido de forma imediata e a qualquer custo, de tal sorte que um governo de transição pudesse dispor de tempo suficiente para aplicar o programa neoliberal antes que as urnas voltassem a se pronunciar.


Este período também seria indispensável para avançar na escalada de criminalização do PT e demais forças de esquerda, combinada com a desarticulação repressiva dos movimentos sociais e a interdição do ex-presidente Lula como alternativa viável nas eleições de 2018.


A Operação Lava Jato desempenha papel crucial na escalada golpista. Alicerçada sobre justo sentimento anticorrupção do povo brasileiro, configurou-se paulatinamente em instrumento político para a guerra de desgaste contra dirigentes e governantes petistas, atuando de forma cada vez mais seletiva quanto a seus alvos, além de marcada por violações ao Estado Democrático de Direito. Tem funcionado como mecanismo de contrapropaganda para mobilização das camadas médias, em associação com os monopólios da comunicação. Revela, por fim, o alinhamento de diversos grupos do aparato repressivo estatal – delegados,

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procuradores e juízes – com o campo reacionário, associados direta ou indiretamente às manobras do impeachment.


Ainda que persistam importantes contradições no interior da coalizão conservadora, a intenção predominante entre suas frações dirigentes é concluir o regime de exceção com a aprovação de um sistema eleitoral, mais restritivo que o atual, cujas regras logrem institucionalizar o bloqueio à reconquista do governo federal pelo campo popular.


Esta ofensiva restauradora é parte fundamental da estratégia para desestabilizar as demais experiências progressistas na América Latina, buscando reconstruir a hegemonia imperialista sobre a região, fortemente abalada pelas vitórias eleitorais populares nos primeiros quinze anos do século XXI. A longa crise do capitalismo reconduz o Sul do continente à lista de prioridades da geopolítica norte-americana, sob a lógica de retomar controle sobre fontes essenciais de matérias-primas e energia, amplos mercados domésticos e espaços para novos investimentos a baixos custos.


A queda do governo petista também é fundamental para fragilizar alianças contra-hegemônicas regionais, como a União de Nações Sul-Americanas (Unasul) e a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), o Mercosul além de facilitar políticas de cerco e desestabilização em processos progressistas de outros países – como Venezuela, Equador e Bolívia. Caso consolidado, este retrocesso político influirá sobre a evolução do bloco BRICS, cujo potencial econômico e financeiro coloca em xeque a velha engenharia mundial das potências capitalistas.


O avanço do movimento golpista, no entanto, somente poderá ser corretamente entendido se avaliarmos, de forma autocrítica, os erros cometidos por nosso partido e nossos governos. O fato é que não nos preparamos para o enfrentamento atual, ao priorizarmos o pacto pluriclassista que permitiu a vitória do ex-presidente Lula em 2002 e a consolidação de seu governo nos anos seguintes.




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Esquecemos uma das lições mais relevantes da história brasileira, consolidada pelo PT em seus documentos dos anos oitenta. O capitalismo brasileiro, assentado sobre múltiplos mecanismos de super-exploração do trabalho e preservação de estruturas arcaicas, gera forte antagonismo das oligarquias contra reformas capazes de alterar, mesmo timidamente, essas condições sócio-econômicas. As classes dominantes -- em determinadas correlações de força e em períodos de expansão econômica -- podem tolerar certas mudanças, desde que avanços das camadas populares não resultam em diminuição de seus ganhos absolutos ou relativos. Mas oferecem brutal resistência quando esse equilíbrio distributivo está sob ameaça, particularmente nas fases de contração econômica como agora.


Tal pressuposto deveria ter norteado nossos treze anos de governo, levando-nos a compreender que a hegemonia dos trabalhadores no Estado e na sociedade não depende exclusiva ou principalmente de administrações bem-sucedidas, mas da concentração de todos os fatores na construção de uma força política, social e cultural capaz de dirigir e transformar o país.


A despeito dos extraordinários avanços verificados na redução das desigualdades, na abertura de novas oportunidades, na criação de direitos, na erradicação da fome, na ampla inclusão promovida pelo governo, incorremos em um equívoco político. Logo ao assumirmos, relegamos tarefas fundamentais como a reforma política, a reforma tributária progressiva e a democratização dos meios de comunicação. Embora sem maioria parlamentar de esquerda, o imenso prestígio do presidente Lula e a desorganização estratégica das elites abriam espaço para poderosa mobilização nacional que debatesse, claramente, a urgência da democratização do Estado e a remoção dos entulhos autoritários herdados da transição conservadora pós-ditadura.


Fomos igualmente descuidados com a necessidade de reformar o Estado, o que implicaria impedir a sabotagem conservadora nas estruturas de mando da Polícia Federal e do Ministério Público Federal; modificar os currículos das academias militares; promover oficiais com compromisso democrático e nacionalista; fortalecer a ala mais avançada do Itamaraty e redimensionar sensivelmente a distribuição de

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verbas publicitárias para os monopólios da informação.


Confiamos na governabilidade institucional, a partir de alianças ao centro, como coluna vertebral para a sustentação de nosso projeto. Ao contrário do que havia se passado em países vizinhos, o sistema eleitoral do país, tal como existe, não possibilitou que o triunfo na eleição presidencial fosse acompanhado por maioria no Congresso Nacional. Obviamente, estávamos obrigados a composições fora do campo popular, sob o risco de inviabilizarmos nossos sucessivos governos. Mas fomos acanhados ao impulsionar a luta social como vetor fundamental de pressão sobre as instituições. Em consequência, rebaixamos a disputa pública de nosso programa e o debate com as forças conservadoras, incluindo os segmentos que eventualmente integravam a base de apoio.


Tampouco nos dedicamos, com a devida atenção e perseverança, à costurar uma aliança estratégica entre os partidos populares e os movimentos sociais, que pudesse ampliar o peso institucional da esquerda. Acabamos reféns de acordos táticos, imperiosos para o manejo do Estado, mas que resultaram num baixo e pouco enraizamento das forças progressistas, ao mesmo tempo em que ampliaram, no arco de alianças, o poder de fogo de setores mais à direita.


A manutenção do sistema político e a preponderância excessiva da ação institucional acabaram por afetar fortemente o funcionamento do PT, confinado à função quase exclusiva de braço parlamentar dos governos petistas e reordenado como agremiação fundamentalmente eleitoral. A vida interna se estiolou, sob crescente influência de mandatos parlamentares e cargos executivos, cada vez mais autônomos em relação às instâncias partidárias. O partido perdeu capacidade de elaboração, formação e protagonismo na batalha das ideias. Milhares de novos filiados foram incorporados sem quaisquer vínculos com o pensamento de esquerda ou nosso programa.


Também fomos contaminados pelo financiamento empresarial de campanhas, estrutura celular de como as classes dominantes se articulam com o Estado, formando suas próprias bancadas corporativas e controlando governos. Preservada

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essa condição mesmo após nossa vitória eleitoral de 2002, terminamos envolvidos em práticas dos partidos políticos tradicionais, o que claramente afetou negativamente nossa imagem e abriu flancos para ataques de aparatos judiciais controlados pela direita.


Apesar dos esforços constantes, nos últimos anos, para corrigir estes desvios, temos claro que suas sequelas debilitaram o PT e fragilizaram o conjunto da esquerda frente à escalada golpista.


A política econômica desenvolvimentista e distributivista dos nossos governos, responsável pela maior elevação do salário mínimo e da inclusão social, passou a exigir, especialmente frente ao recrudescimento da crise internacional, que o Banco Central estimulasse o investimento e não que o bloqueasse – como fez com a elevação da taxa de juros. Exigia ainda novas reformas distributivas, que gravassem progressivamente os ricos, e uma nova capacidade de planejamento e investimento do Estado - o que não ocorreu.


Ao lado das falhas propriamente políticas, demoramos a perceber o progressivo esgotamento da política econômica vigente entre 2003 e 2010, que havia levado a formidáveis conquistas sociais para o povo brasileiro. Baseada na ampliação do mercado interno a partir da incorporação dos pobres ao orçamento do Estado, com adoção de inúmeros programas voltados à inclusão social, à criação de empregos e à elevação da renda, esse modelo perdeu força com a crise internacional, a convivência com altas taxas de juros que sangravam o Tesouro e a excessiva valorização cambial.


A manutenção do ritmo de expansão do mercado interno, alicerçada nos gastos e investimentos públicos, passou a depender de reformas que diminuíssem transferências financeiras para os grupos privados, ajudassem a recompor o equilíbrio fiscal com a tributação dos mais ricos e desmontassem o oligopólio dos bancos, entre outras medidas que possibilitassem recursos para o Estado aprofundar políticas de desenvolvimento com distribuição de renda. Não se tratava simplesmente de reordenamentos orçamentários, mas de um novo ciclo programático que

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radicalizaria a disputa de projetos na sociedade.


O governo da presidenta Dilma Rousseff, em seu primeiro ano, optou por realizar um forte contingenciamento de despesas e investimentos, ao mesmo tempo em que elevava a taxa de juros. O crescimento do PIB, que havia sido de 7,8% em 2010, cai para 4,0% em 2011 e 2,0% em 2012. Diante destes resultados negativos, o BC derruba a taxa de juros e a União franqueia subsídios às empresas, através de desonerações fiscais, em uma política que atingiria seu ápice em 2014. Apesar de novo ciclo de elevação da taxa de juros, o PIB cresce 3,5% em 2013, mas despenca para 0,2% em 2014. A tentativa de contornar reformas estruturais, através de fortes incentivos ao investimento privado, tinha conseguido preservar o emprego, mas não relançou a economia.


Diante da crise, o país foi colocado em uma encruzilhada: acelerar o programa distributivista, como havia sido defendido na campanha da reeleição presidencial, ou aceitar a agenda do grande capital, adotando medidas de austeridade sobre o setor público, os direitos sociais e a demanda, mais uma vez na perspectiva de retomada dos investimentos privados. O governo enveredou pela segunda via.


O ajuste fiscal, além de intensificar a tendência recessiva, foi destrutivo sobre a base social petista, gerando confusão e desânimo nos trabalhadores, na juventude e na intelectualidade progressista, entre os quais se disseminou a sensação, estimulada pelos monopólios da comunicação, de estelionato eleitoral. A popularidade da presidenta rapidamente despencou. As forças conservadoras sentiram-se animadas para buscar a hegemonia nas ruas, pela primeira vez desde as semanas que antecederam o golpe militar de 1964.


O enfraquecimento da esquerda, nos meses seguintes à vitória apertada no segundo turno de 2014, rapidamente alterou a correlação de forças no país, dentro e fora das instituições. A direita retomou a ofensiva. As frações de centro, assistindo à rejeição do governo na opinião pública, começaram a se afastar da coalizão presidencial, deslocando-se para uma aliança conservadora que impôs seguidas derrotas parlamentares à administração federal.

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Em que pese o alerta emitido pelo 5º. Congresso do PT, realizado em junho de 2015, - e o debate interno que se seguiu - de que era indispensável mudar a política econômica para recuperar apoio político e social, o governo prosseguiu no rumo que havia escolhido, levando ao agravamento das dificuldades. No documento “O futuro está na retomada das mudanças”, em fevereiro desse ano, a direção nacional do PT deixou claro que não seria possível conter a escalada reacionária sem expressivas alterações programáticas. O fato é que o golpismo, velozmente, criava condições para avançar, aglutinando apoio parlamentar e suporte social.



A aceitação do pedido de impeachment, no início de dezembro, depois que o PT rechaçou as chantagens do deputado Eduardo Cunha, serviu de alento à resistência democrática, que vinha acumulando forças desde março. Nos cinco meses que antecederam a abertura de processo contra a presidenta da República, centenas de milhares se colocaram em movimento por todo o país. Foram realizadas enormes concentrações populares, além de outras iniciativas que contagiaram amplos setores antigolpistas, incluindo homens e mulheres críticos ao governo.


Esta mobilização, capitaneada pela Frente Brasil Popular, na maioria das vezes em aliança com a Frente Povo Sem Medo, que contou com a forte participação do PT em todo o pais, em consonância com a resolução do nosso 5º. Congresso, estimulou a reunificação do campo de esquerda e arregimentou vozes democráticas de diversos matizes. Ainda que tenha sido insuficiente, por ora, para reverter a correlação de forças, permitiu que o bloco progressista recuperasse protagonismo e o mantivesse mesmo após a deflagração do julgamento presidencial.


O centro tático para este novo período -- sob a palavra de ordem “Não ao golpe, fora Temer” --, deve ser a derrocada do governo ilegítimo que usurpou o poder e rompeu o pacto democrático da Constituição de 1988. Devemos combinar todos os tipos de ação massiva e combate parlamentar para inviabilizar suas medidas antipopulares, denunciar seu caráter ilegal e impedir sua consolidação no comando do Estado. Assume grande relevância ainda a continuidade da ação de articulações internacionais, que no último período já foram fundamentais para a denúncia do golpe em curso.

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Deter o Golpe é possível, urgente e necessário. São partes essenciais deste objetivo negar legitimidade ao governo ilegítimo de Temer; fazer a defesa política da presidenta Dilma e do legado dos nossos governos; defender o presidente Lula dos ataques midiáticos e judiciais que contra ele se levantam; manter a mobilização popular em alto nível; ampliar para setores da sociedade críticos aos nossos governos o diálogo em torno de uma agenda democrática e popular para o país; lutar pela absolvição da presidenta Dilma dos crimes que lhe são injustamente imputados no Congresso Nacional, no Judiciário e junto aos organismos da comunidade internacional.



O desfecho mais próximo deste processo, que implica luta continuada e mobilizações, está na absolvição da presidenta Dilma Rousseff e seu retorno às funções para as quais o povo a elegeu. Esse é o único resultado do julgamento capaz de reconduzir o país ao domínio constitucional e à ordem democrática.


Derrotado o golpe, a presidenta Dilma Rousseff deverá apresentar seu compromisso público com uma ampla reforma política e medidas capazes de retomar o desenvolvimento, a distribuição de renda e a geração de empregos.


O Partido dos Trabalhadores propõe que a presidenta Dilma Rousseff apresente rapidamente um compromisso público sobre o rumo de seu governo depois de derrotado o golpismo, defendendo uma ampla reforma política e medidas capazes de retomar o desenvolvimento, a distribuição de renda e a geração de empregos.


Não reconhecemos o governo ilegítimo de Temer. Contra ele faremos total oposição e lutaremos até o fim nas ruas e nas instituições para derrotá-lo. Não há oposição moderada ou conciliação possível com um governo resultado de um golpe. As bancadas parlamentares do PT seguirão em combativa oposição a Temer no Congresso Nacional e ao seu programa neoliberal. Com os trabalhadores do campo e da cidade, a CUT, a Frente Brasil Popular e a Frente Povo sem Medo lutaremos contra o governo golpista e sua agenda de retrocesso de direitos e liberdades democráticas, redução dos salários, privatizações e criminalização das lutas sociais.


Sem abdicar de nossa identidade partidária e de nossas bandeiras, é fundamental, na luta de resistência, atuarmos em conjunto com a Frente Brasil Popular, com a Frente Povo Sem Medo e outras organizações dispostas a formar uma articulação unitária em defesa da democracia.


Mais que instrumento de mobilização, a FBP pode se desenvolver como espaço estratégico para todas as forças progressistas, a partir de um programa comum e regras plurais de participação, que abram caminho para sua consolidação. Orientamos toda a militância petista a se incorporar aos coletivos da Frente, impulsionando a criação de comitês e núcleos nos locais de moradia, estudo e trabalho, sempre com o cuidado de incentivar a unidade e a cooperação com ativistas das mais distintas correntes e movimentos.




Brasília, 17 de maio de 2016

Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores